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Revista TecnoAlimentar

Super e hipermercados: quota de mercado continua em queda mundial

A quota de mercado dos super e hipermercados irá diminuir para 48,4%, em 2020, a nível mundial.

supermercado

Assim o estima a Kantar Worldpanel, que indica que os três canais com um maior crescimento das vendas serão o comércio eletrónico (+15%), o discount (+5,2%) e os cash & carries (+4,4%).

As vendas nos super e hipermercados crescem ao ritmo bem mais lento de 0,8%.

O estudo “New Omnichannel: Finding growth in reinvented retail” revela que, em 2017, 75% do crescimento em valor dos produtos de grande consumo teve origem noutros canais que não os super e hipermercados. Em 2020, 15,3% dos produtos de grande consumo serão vendidos nos três canais com maior margem de crescimento.

O e-commerce, concretamente, será o canal de maior crescimento dentro de dois anos, atingindo uma quota de mercado global de 7,2%, impulsionada pela maior penetração da Internet nos mercados africano e asiático.

A Kantar Worldpanel indica que mercado de grande consumo global está agora mais difícil, uma vez que apenas cresceu 1,9% em valor em 2017, enquanto o indicador do Produto Interno Bruto (PIB) evoluiu 4%.

«O crescimento está fragmentado devido ao auge do comércio eletrónico e das lojas discount, enquanto que os hipers e supermercados estão em apuros.

Os shoppers estão a transmitir uma mensagem clara: querem conveniência e uma boa relação qualidade/preço», afirma Stéphane Roger, diretor global comercial e de retalho da Kantar Worldpanel.

Foram os mercados menos maduros, como a África, América Latina e Ásia, que apresentaram as maiores taxas de crescimento, respetivamente, de 8,8%, 7,3% e 4,3%.

A Europa Ocidental cresceu 2,2%, influenciada pela inflação no Reino Unido derivada ao Brexit. Já os Estados Unidos da América, que são quem mais contribui, a nível mundial, para os gastos no grande consumo, aumentaram apenas 0,5%.

A Kantar Worldpanel indica que a procura está a contrair devido a três fatores principais.

Por um lado, o crescimento da população está a desacelerar. Por outro, os consumidores estão a reduzir os seus gastos, seja comprando menos ou optando pelas marcas próprias. Finalmente, a frequência de compra está também em queda.

Neste sentido, as marcas têm de adaptar a sua estratégia à evolução esperada dos canais e dos mercados.

O comércio eletrónico continua em rápido crescimento na Ásia, onde já assegura 7,3% de quota de mercado.

Na Europa, domina o discount, particularmente nos mercados mais a leste, onde abarca 27,4% das vendas de grande consumo, assim como em alguns países da América Latina, como a Colômbia (21%) e o México (18,8%). Já no Brasil é o cash & carry que está em rápido crescimento e representa 10,6% das vendas.

Fonte: Grande Consumo