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Revista TecnoAlimentar

Sementes de sésamo inteiras e desengorduradas – composição nutricional

As sementes inteiras e o óleo de sésamo são consumidos mundialmente, sendo relevante a valorização do subproduto da extração do óleo (farinha) para o consumo humano, respondendo à necessidade de aumentar a disponibilidade de alimentos.

INTRODUÇÃO

O sésamo (Sesamum indicum L.) é uma das oleaginosas mais cultivadas mundialmente (>4 milhões de toneladas/ano) principalmente para a produção de óleo e pasta tehineh (Capellini et al., 2019). Além disso, o consumo de sementes por parte dos consumidores tem aumentado, em resposta à procura de alimentos funcionais com alto valor nutricional e potenciais efeitos benéficos na saúde (Melo et al., 2019).

Em contrapartida, e devido ao rápido crescimento da população humana, impõe-se promover a sustentabilidade da cadeia alimentar, valorizando os subprodutos gerados pela indústria agroalimentar. Deste modo assegura-se a economia circular e a disponibilidade de alimentos. O desperdício de cerca de 1/3 dos alimentos produzidos agrava a situação atual e deve ser urgentemente reduzido (Kopsahelis e Kachrimanidou, 2019; Nunes et al., 2018).

MATERIAL E MÉTODOS

As sementes de sésamo foram adquiridas num supermercado e prensadas a 4 °C numa prensa hidráulica (Escola Técnica Superior Engenheiros Agrónomos e Montes, Espanha), tendo-se obtido o óleo e a fração desengordurada (farinha).

O óleo foi armazenado em recipiente âmbar e submetido a corrente de azoto; a farinha e as sementes embaladas a vácuo. Antes da análise, as sementes foram trituradas em moinho (GM Grindomix 200, Retsh, Alemanha).

CONCLUSÕES

A farinha é um subproduto da extração do óleo, normalmente usada para ração animal ou para compostagem. No entanto, os resultados mostram que a prensagem a frio das sementes permitiu obter um produto desengordurado com alto valor nutricional (enriquecido em minerais, proteína e fibra alimentar). Além disso, o alto teor em ácido oleico pode conferir elevada estabilidade oxidativa a este produto.

A farinha dá também resposta à procura de alimentos funcionais, naturais, minimamente processados, obtidos por métodos sustentáveis por parte dos consumidores. Permite também dar resposta a outras necessidades a nível alimentar, por exemplo: fonte proteica sem glúten adequada a celíacos, ou alternativa à proteína animal em padrões alimentares vegetarianos.

Portanto, pode ser nutricional, social e economicamente vantajoso incorporar a farinha como ingrediente na indústria alimentar. De um modo geral, todos os produtos analisados apresentam uma composição nutricional que permite a sua inclusão num padrão alimentar variado e estilo de vida ativo. 

Nota de Redação

Artigo publicado na edição n.º 29 da Revista TecnoAlimentar.

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