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Revista TecnoAlimentar

Projeto sobre indústria agroalimentar europeia apresentado na Alimentaria

O relatório de diagnóstico (“baseline report”) do projeto “Biodiversity in Standards and Labels for the Food Sector”, produzido pela iniciativa europeia do mesmo nome, será apresentado hoje, 6 de junho, às 14h30, no Auditório II – Pav. 2 da Alimentaria Horexpo, na FIL (Parque das Nações, Lisboa), numa sessão promovida pelo IST.

agroalimentar

O relatório ilustra as forças e fraquezas dos selos de certificação/rótulos e marcas comerciais do setor agroalimentar em vários fatores com impactes na biodiversidade e aponta caminhos para a melhoria do desempenho deste setor.

Foram analisados 54 selos de certificação/rótulos e marcas europeus, nacionais e regionais pelos parceiros deste projeto, entre os quais vários selos de certificação/rótulos e marcas portugueses.

A análise abordou não só as políticas dos selos/rótulos e marcas como os critérios constantes dos seus cadernos de especificações, que os produtores e fornecedores têm de cumprir. Estes critérios foram analisados em termos da efetividade para a conservação da biodiversidade, obrigatoriedade, transparência e auditabilidade.

O relatório apresenta os resultados em cada fator com impacte na biodiversidade, conclusões que indicam a necessidade (e o potencial) de melhoria do desempenho de biodiversidade dos selos/rótulos e marcas ao nível europeu e efetua várias recomendações técnicas nesse sentido. São também apontados exemplos de bons critérios em vários selos/rótulos.

O impacte da indústria agroalimentar na biodiversidade

O impacto do consumo e da produção de alimentos nos ecossistemas na biodiversidade é descrito, entre outros, no TEEB for Agriculture & Food Interim Report (2015). Estima-se que 52% das terras usadas para a agricultura em todo o mundo são moderada ou gravemente afetadas pela degradação e pela desertificação.

A eutrofização tem contribuído para a criação de mais de 400 zonas oceânicas mortas em todo o mundo. Pensa-se que a agricultura causa cerca de 70% da perda projetada de biodiversidade terrestre.

A agricultura, se bem gerida, também contribui positivamente para a biodiversidade: por exemplo, a sementeira de culturas que florescem em períodos diferentes pode aumentar as populações de insetos selvagens. Uma proporção apropriada de culturas em paisagens heterogéneas, se geridas adequadamente, pode ser benéfica para alguns grupos de fauna silvestre.

O projeto “Biodiversity in Standards and Labels for the Food Sector” decorre até 2020 e abrange 7 parceiros: Global Nature Fund, Lake Constance Foundation e Agentur AUF! (Alemanha), Fundación Global Nature (Espanha), Solagro e agoodforgood (França) e Instituto Superior Técnico (Portugal).