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Revista TecnoAlimentar

Produtos alimentares à base de insetos chegam à Auchan

Lançado esta semana, com destaque na Auchan de Alfragide, o espaço Future Taste vai dar a conhecer as novas tendências alimentares. A gama com insetos da Portugal Bugs é o primeiro destaque deste novo espaço.

“O Future Taste reforça o posicionamento da Auchan enquanto especialista alimentar. Pretendemos democratizar o acesso à inovação alimentar, disponibilizando uma oferta diversificada, com artigos inovadores e exclusivos, criando experiências por eleição. Neste espaço pretende-se dar a conhecer vários produtos, ao longo do ano, assim como toda a informação e benefícios dos mesmos.”, realça Vera Fernandes, responsável de Oferta e Compra na Auchan Retail Portugal.

Criada em 2017, a Portugal Bugs, primeira empresa no espaço Future Taste da Auchan de Alfragide, foi a primeira empresa portuguesa a comercializar e desenvolver produtos alimentares à base de insetos no mercado nacional. Atualmente, a gama conta com snacks de insetos,  massa proteica e farinha de inseto proteica*.

O uso de insetos como fonte de alimento – denominado de entomofagia – remonta aos primórdios da Humanidade e, atualmente, são já consumidos por cerca de um terço da população mundial. Ricos em fibra, minerais, vitaminas e ácidos gordos essenciais, têm-se revelado ainda uma excelente fonte de proteína que, quando comparada com outras fontes proteicas animais, apresenta a vantagem de ter menor impacto ambiental, já que registam uma pegada hídrica e uma emissão de gases de efeito de estufa menores. Além disso, o reduzido consumo de ração resulta ainda numa menor dependência de solos férteis.

Estes insetos são criados em condições controladas de temperatura e humidade, de forma a melhor gerir os substratos de que se alimentam, e são alimentados à base de farelo, embora possam ser usados também subprodutos da indústria alimentar, como as leveduras de cervejas ou desperdício de cereais.

Em 2013, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) defendeu a  introdução de insetos na gastronomia ocidental, como alternativas nutricionais e saudáveis a opções comuns como o frango, porco, vaca e até o peixe.

Em Portugal, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) autorizou no passado mês de junho, ao abrigo do "Regulamento Europeu para Novos Alimentos", a colocação no mercado de forma transitória de sete espécies de insetos, entre eles, dois tipos de grilos, dois tipos de larvas, dois géneros de gafanhotos e um besouro.