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Revista TecnoAlimentar

Preço dos alimentos atinge nível mais alto dos últimos dois anos

  • 06 fevereiro 2017, segunda-feira
  • mercados

Os preços dos produtos como leite, carne, açúcar e cereais aumentaram pelo sexto mês consecutivo e atingiram os valores mais elevados desde 2015.

Desde fevereiro de 2015 que o preço dos alimentos não atingia um nível tão alto nos mercados internacionais. Segundo a Reuters, este aumento deve-se à subida das cotações de açúcar e no elevado preço das exportações tanto de cerais como de óleos vegetais.

A Organização de Agricultura e Alimentação (FAO, singla em inglês) confirma que houve um aumento de 173,8 pontos, isto é, uma subida de 2,1% em relação a dezembro de 2016 e de 16,4% se comparado com o mesmo mês do ano anterior.

Este é o sexto mês consecutivo em que se verificam aumentos nos preços dos lacticínios, óleos vegetais, carne, açúcar e cereais.

Os dois últimos foram os produtos que subiram mais o valor, com um aumento de 9,9% no caso do açúcar e 3,4% nos cereais, nos últimos seis meses. Enquanto que o mercado das carnes e dos produtos lácteos são os que estão mais estáveis.

A organização das Nações Unidas justifica este aumento com as condições meteorológicas que se verificaram desfavoráveis ao cultivo.

A 7 dezembro, o World Economic Forum publicou um artigo que revela os países que mais gastam em comida. Há apenas oito países que têm uma despesa inferior a 10% em alimentação (ver gráfico acima), quatro deles europeus: Reino Unido (8,2%), Suiça (8,7%), Irlanda (9,6%) e Áustria (9,9%).

Com as piores percentagens surgem países de África (ver gráfico em baixo), com valores superiores a 40%. Nigéria é o país com mais percentagem: 56,4%; seguindo-se a Quénia (46,7%), os Camarões (45,6%) e a Argélia com 42,5%. Há ainda quatro países da Ásia na lista dos que mais gastam em comida. Cazaquistão (43%), Filipinas (41,9%), Paquistão (40,9%) e Azerbeijão (40,1%) são os que apresentam maior percentagem.