FacebookLinkedin

Revista TecnoAlimentar

Portugueses gastam cada vez mais com alimentação

  • 10 dezembro 2019, terça-feira
  • mercados

O aumento chegou a 16,4% do orçamento familiar. No resto da União Europeia, a tendência foi de queda.

Segundo dados do Eurostat, os portugueses mostram assim um comportamento contrário ao da generalidade dos países europeus.

“Entre 2008 e 2018, a parcela dos gastos totais das famílias com alimentos diminuiu ou permaneceu estável na maioria dos Estados-membros da União Europeia”, diz o gabinete de estatísticas europeu que revela que, no ano passado, este tipo de encargos ascendeu a 1047 mil milhões de euros na região.

Esse montante corresponde a 6,6% do Produto Interno Bruto (PIB) gerado na União Europeia naquele ano, bem como representa uma fatia de 12,1% do total de gastos de consumo dos europeus. Essa percentagem está assim abaixo dos 12,3% que se verificavam há uma década.

Os portugueses destoam dessa tendência global, já que na última década o peso das despesas com alimentação aumentou nos respetivos orçamentos. Em 2008, as famílias nacionais gastaram 19,25 mil milhões de euros com alimentação, o que correspondeu a 16% dos seus gastos de consumo. Já no ano passado, essa categoria de despesas ascendeu a 23,05 mil milhões de euros, um aumento de quase 20%, passando a representar 16,4% das despesas de consumo.

Os portugueses ocupam assim a 11.ª posição entre os países europeus que mais gastam face ao orçamento com alimentação e bebidas. No quadro europeu, a Roménia é o país que apresenta o maior peso deste tipo de encargos, tendo gasto no ano passado 27,8% do seu orçamento. Seguem-se a Lituânia e a Estónia que gastaram 20,9% e 19,6%, dos respetivos orçamentos com alimentação e bebidas. De salientar estes se incluem entre os países mais pobres da Europa.

Do lado oposto, o Reino Unido é o país da União Europeia cujas famílias gastam a menor proporção do seu orçamento com estes encargos: 7,8%. Seguem-se a Irlanda e o Luxemburgo, com taxas de 8,7% e 9,1%, respetivamente.

FONTE: ECO Economia Online