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Revista TecnoAlimentar

Lisboa: vinha do Aeroporto já produziu 10 mil garrafas

A vinha do aeroporto abriu em 2016 ao lado da Praça do Aeroporto de Lisboa.

vinhas

Com apenas dois hectares de espaço, no seu ano de abertura produziu 16 toneladas de uvas, o equivalente a 10 mil garrafas de vinho

A vinha do aeroporto só começou a funcionar no ano passado, junto à Rotunda do Relógio, mas já produziu 16 toneladas de uvas, o equivalente a 10 mil garrafas de vinho. Este ano, estão previstas mais 8.500 litros de vinho com uva alfacinha.

Denominada 'Parque Vinícola de Lisboa' pela Câmara Municipal, a vinha é gerida pela Casa Santos Lima em parceria com a autarquia, que participa no arrendamento das terras.

Vasco d'Avillez, Presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa, explica que, no futuro, a Câmara pretende ampliar a vinha por mais dois ou três hectares para conseguir «chegar até ao rio», criando assim um «corredor verde» no centro da capital portuguesa.

Por agora a ideia ainda não saiu do papel devido ao preço elevado dos terrenos dentro da cidade. No distrito de Lisboa, há nove regiões produtoras de vinho, mas dentro da cidade em si só existem duas, a recém-inaugurada vinha do aeroporto, e a da Tapada da Ajuda, com seis hectares, que já produz cinco vinhos (espumantes e verdes).

À semelhança da Tapada, a Vinha de Lisboa pretende, em breve, abrir portas a voluntários, na época das vindimas, que depois poderão levar para casa parte das uvas que forem colhidas.

Apesar de ser «muito recente» - a nova vinha lisboeta já está a produzir desde 2015. Neste segundo ano de produção, 2016, a previsão é de 8.500 garrafas.

Pequenos furtos que se têm registado pelo facto da vinha ainda não ter gradeamento e o mau tempo deste ano levaram a esta ligeira descida na produção.

As próprias uvas, por serem demasiado jovens, ainda não podem ser usadas de forma isolada para produzirem vinho, pelo que vão ser «misturadas com outras uvas da região de Lisboa». De acordo do d'Avillez, o processo de maturação da uva dura cerca de «quatro anos».

Nessa altura sim, será possível fazer vinho exclusivamente com estes bagos. Vasco d'Avillez acrescenta mesmo que, embora ainda não estejam planeadas ações de marketing, a Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa não descarta a ideia de lançar uma marca com o nome "Vinho do Aeroporto". 

Fonte: Boas Notícias