FacebookLinkedin

Revista TecnoAlimentar

Indústria do Chocolate: ébola é a ameaça número 1

cocoa-beansA epidemia do Ébola que afeta a África Ocidental tem sido uma das maiores preocupações globais, por um variado número de razões. Esta epidemia pode afetar seriamente várias indústrias, sendo a indústria do chocolate uma das que corre mais perigo.

Até agora, a grande maioria da epidemia do Ébola tem estado relativamente contida à Libéria, Guiné e Serra Leoa. Porém, de acordo com o Wall Street Journal, os preços do cacau têm subido, com receio de que a epidemia possa alastrar aos vizinhos Gana e Costa do Marfim, que representam aproximadamente 60% do fornecimento de cacau do mundo. Os preços registaram uma subida já desde meados de setembro devido à especulação e, caso se registem casos naqueles países, a escassez do produto pode levar à subida dos preços a níveis nunca antes vistos.

Logicamente, quando o preço de uma matéria-prima sobe, isso afetará o preço de praticamente tudo o resto ao longo da cadeia de valor. Os especialistas financeiros ressalvam que os preços do cacau estão, por agora, estabilizados, mas se o surto se espalhar e se, consequentemente, a produção escassear – levando a um aumento exponencial do cacau – os produtores de chocolate/pastelaria terão que tomar a difícil decisão entre aumentar os preços ou cortar nas suas fórmulas de transformação através de substitutos de cacau até que o mercado volte a estabilizar.

Estes industriais estão já atentos a esta potencial situação, para além de outros agentes do setor diretamente afetados, como milhares de agricultores, distribuidores, e colaboradores de empresas como a Nestlé ou a Mars, que trabalham e vivem no Gana e na Costa do Marfim, e que ficarão sobre uma ameaça séria caso o Ébola atravesse a fronteira. Tal como o Wall Street Journal anunciou, esta semana a Nestlé declarou que está em alerta máximo relativamente à situação na África Ocidental.

Fonte: Food Drink & Franchise/Wall Street Journal