Incorporação de Frutas e Legumes em Alimentos Transformados é cada vez mais frequente
As barras energéticas com maçãs, batatas ou couve são um bom exemplo do ressurgimento da incorporação de frutas e legumes nos alimentos transformados. Estão a aparecer em categorias de produtos alimentares cada vez mais surpreendentes e que presumem o aparecimento de um novo nicho de mercado.
Segundo um relatório da Mintel, muitos consumidores têm dificuldades para satisfazer as suas necessidades diárias de frutas e legumes. Nos EUA, 97% dos adultos consomem verduras todos os dias, mas 40% dos consumidores americanos consomem apenas uma ou duas porções diárias. Por isso, para satisfazer as necessidades de consumo de frutas e legumes, os fabricantes estão a introduzir frutas e legumes nos alimentos transformados. O ressurgimento das frutas e legumes como ingredientes nos produtos alimentares é uma tendência que parece estar agora a atingir o seu pico.
As verduras estão a aparecer em categorias de produtos cada vez mais surpreendentes. Aqui ficam alguns exemplos:
– Chocolate biológico com legumes (cenouras, bróculos…)
– Barras energéticas com frutas e legumes
– Purés de verduras para “mascarar” a presença de legumes nas comidas das crianças
– Sandes de morango e ruibarbo, tangerina com cenoura.
– Molho de queijo com verduras ocultas
– Gelados de fruta e legumes naturais sem corantes nem aditivos artificiais
Estes são alguns exemplos de produtos que já se estão a comercializar nos EUA.
Como manter intactas as propriedades das frutas e verduras nos alimentos transformados?
Um dos aspetos que mais valorizam os consumidores é que não se percam os nutrientes das frutas e legumes que se incluem nos produtos de alimentação durante o processamento. Por isso, estão-se a concentrar esforços na aplicação de tecnologias que não prejudiquem estes nutrientes. Assim, existe recentemente uma tecnologia de processamento rápido de vapor que favorece a conservação dos níveis de cor, sabor e nutrientes em purés de verduras que se embalam assepticamente. Para além disso, esta tecnologia elimina a necessidade de incorporar aditivos e conservantes. Outro dos aspetos que é cada vez mais valorizado pelo consumidor.
Há que ter também em conta que muitos consumidores consideram que o valor nutricional de legumes e frutas em produtos congelados é inferior ao dos produtos frescos, sendo por isso necessário um cuidado nas técnicas de conservação. Existem alimentos cujo impacto na perda de valor nutricional aquando da congelação é mínimo ou nulo, mas é necessário continuar a evoluir neste processo, ao mesmo tempo que se impõe também conseguir passar essa mensagem ao consumidor.