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Revista TecnoAlimentar

Governo dos Açores e Federação de Pescas concordam em redistribuir quota do goraz

goraz

O Governo dos Açores e a Federação de Pescas da região concordaram em redistribuir a quota do goraz, a espécie de peixe mais procurada e com maior valor comercial no arquipélago, de uma forma mais «justa» e «equitativa».

«A quota será distribuída de uma forma mais equitativa e mais justa, e há pescadores de barcos mais pequenos que vão poder pescar um pouco mais», garantiu recentemente o secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia, Gui Menezes, no final de uma reunião com as associações do setor, na Horta, ilha do Faial.

Segundo Gui Menezes, foi decidido atribuir um «teto máximo» de quota por cada embarcação, para que nenhum barco de pesca possa ter mais de dois por cento da quota global dos Açores, que é de 507 toneladas/ano.

Outra das medidas tomadas no encontro entre o Governo Regional e as associações de pesca foi a de dividir a quota de goraz por trimestre, para evitar que os pescadores capturem a espécie em demasia ao longo do ano e fiquem impedidos de a capturar em dezembro, mês em que tem maior valor comercial.

«Desta forma, quase de certeza que vamos aumentar o rendimento económico da captura desta espécie», assegurou o titular da pasta das Pescas na região, acrescentando que o objetivo final destas medidas de gestão é que haja um «aumento real do rendimento dos pescadores».

Estas propostas serão agora analisadas por cada uma das associações de pesca da região, mas o presidente da Federação das Pescas dos Açores, Gualberto Rita, disse concordar com algumas das soluções apresentadas pelo executivo para gerir a quota do goraz.

Gualberto Rita reiterou discordância com a quota de goraz atribuída pela Comissão Europeia aos Açores, por considerar que é «diminuta», mas admitiu que é necessário saber geri-la «da melhor forma».

Até hoje, 1 de fevereiro, a pesca do goraz esteve interdita nos Açores, na sequência de um período de paragem obrigatória, determinado por acordo entre o Governo Regional as associações do setor, como «medida de gestão» dos ‘stocks’.

Fonte: Açoriano Oriental