FacebookLinkedin

Revista TecnoAlimentar

Festo do Alvarinho e do Fumeiro volta a reunir produtores da sub-região de Monção e Melgaço

Após dois anos de interrupção do certame nos moldes habituais, a autarquia de Melgaço volta a promover a Festa do Alvarinho e do Fumeiro: acontece nos dias 22, 23 e 24 de abril, no largo do Mercado Municipal. O evento será inaugurado pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, no dia 22, pelas 18h00.

27 produtores de alvarinho, 15 de queijos, fumeiro e produtos locais, quatro tasquinhas e nove instituições e empresas, de diferentes ramos, vão dar a conhecer o potencial da região num certame que atrai milhares de visitantes de vários pontos do país, mas também da vizinha Galiza e ainda melgacenses emigrantes. Dos vinhos alvarinho, ao fumeiro e ao artesanato, passando pelo turismo e pela gastronomia, a Festa do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço (FAFM) reúne as características populares que estiveram na sua origem e a evolução natural assinalada ao longo destes 27 anos.

Durante os três dias do evento será possível assistir a showcookings: três chefes, os estrela Michelin Arnaldo Azevedo e Vitor Matos, e ainda a chefe Cristina Manso Preto, apresentarão propostas gastronómicas com produtos autóctones melgacenses e, claro, harmonizados com alvarinho da sub-região de Monção e Melgaço.

Haverá também oportunidade de assistir a três provas comentadas de vinhos, pelo sommelier Manuel Moreira, da Revista de Vinhos, que se debruçará nas temáticas: “Todas as ocasiões são boas para espumantes de alvarinho”, “Alvarinho à prova do tempo” e “Os segredos da prova de vinhos”.

Para além da exposição, prova e venda de produtos, o programa do evento oferece ainda o concurso do Mel, Salpicão, Presunto e Broa de Melgaço, produtos com Indicação Geográfica Protegida (IGP); momentos de animação musical, diurna e noturna; e ainda toda uma diversidade de atividades paralelas, de animação turística e desportiva e ainda de enoturismo, que permitirão dar a conhecer Melgaço.

O recinto da Festa conta com um total de 55 expositores e uma zona de degustações com capacidade para cerca de 400 pessoas sentadas. Os visitantes poderão adquirir o kit de prova (copo e porta-copo) no stand da organização do evento.

PROGRAMA

SEXTA-FEIRA, 22 DE ABRIL

10:00 - Abertura da Exposição/Venda dos Produtos Locais e das Tasquinhas

11:00 - Concurso “Mel, Salpicão, Presunto e Broa de Melgaço”

Degustação de pratos típicos no Espaço Restauração

11h15 - Atuação da Escola de Concertinas de Melgaço

15:30 - Entrega de Prémios (palco interior)

17:00 - Showcooking & HarmonizaçãO: chefe Vítor Matos (*Michelin) | “Alvarinho, uma história de paixão”

18:00 - Inauguração Oficial | Saudação pela Real Confraria do Vinho Alvarinho

19:30 - Conversas Sobre Alvarinho: “Todas as ocasiões são boas para espumantes de Alvarinho”, Manuel Moreira (Revista de Vinhos)

Degustação de pratos típicos no Espaço Restauração

22:30 - Música ao Vivo por Função Públika

SÁBADO, 23 DE ABRIL

10:00 - Abertura da Exposição/Venda dos Produtos Locais e das Tasquinhas

Degustação de pratos típicos no Espaço Restauração

16:00 - Showcooking & Harmonização: chefe Arnaldo Azevedo (*Michelin, Vila Foz, Porto) | Vitela cachena, cremoso de batata com queijo de cabra e cogumelos

17h00 - Atuação da Escola de Concertinas de Melgaço

19:00 - Conversas Sobre Alvarinho: “Alvarinhos à prova do tempo”, Manuel Moreira (Revista de Vinhos)

Degustação de pratos típicos no Espaço Restauração

22:30 - Música ao Vivo por Grupo AF

DOMINGO, 24 DE ABRIL

10:00 - Abertura da Exposição/Venda dos Produtos Locais e das Tasquinhas

Degustação de pratos típicos nas tasquinhas (recinto da Festa)

15:00 - Música ao Vivo por:

» Minhotos Marotos

» Grupo Folclórico de Pinheiros (Monção)

» Grupo Dançares Castrejos

» Grupo Etnográfico da Casa do Povo de Melgaço

16:00 - Showcooking & Harmonização: chefe Cristina Manso Preto (“Praça da Alegria”, RTP) | “Merenda de Fumeiro”

17:30 - Conversas Sobre Alvarinho: “Os segredos da Prova de Vinhos”, Manuel Moreira (Revista de Vinhos)

21:00 - Encerramento

Programa na íntegra disponível aqui.

A FESTA DO ALVARINHO E DO FUMEIRO

A Festa do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço começou, em 1995, por se apresentar como uma mostra de produtos locais para as populações locais. Com o passar dos anos, e como os dados demonstram inequivocamente, tornou-se numa festa reconhecida a nível nacional. Não espanta, portanto, quem em 2009 o Turismo de Portugal tenha reconhecido o seu Interesse para o Turismo.

Graças a uma promoção adequada ao evento e a algumas parcerias importantes, a FAFM é hoje um evento incontornável das festas gastronómicas do país, atraindo pessoas dos diversos pontos do território nacional e também um grande número de espanhóis, sobretudo da vizinha Galiza.

O certame promove o que Melgaço tem: desde a gastronomia, ao artesanato, ao turismo, apresentando-se como uma oportunidade única para a criação e a consolidação de laços entre os agentes do comércio, os consumidores e a produção. «Não há exemplo no Alto Minho, nomeadamente nesta fileira do vinho e dos produtos locais, de um certame que tenha o impacto que tem a Festa do Alvarinho e do Fumeiro na economia dos municípios laterais. Até nos vizinhos galegos há grande impacto no alojamento», atenta o autarca, Manoel Batista, afirmando que «este tipo de eventos é de extrema importância para a nossa economia. São, indiscutivelmente, fulcrais no desenvolvimento do nosso território. Não são só festa e vinho! São a nossa Cultura. O nosso ADN. A nossa história.»

Não podemos descurar a grande importância deste evento para toda a economia local que, há 27 anos, é impulsionada também através deste evento, sejam os produtores de vinho alvarinho, sejam os do fumeiro que, em 2015, viram este produto ser distinguido pela Comissão Europeia, através da integração do presunto e da chouriça de carne na lista dos produtos com Indicação Geográfica Protegida (IGP), juntando-se assim ao salpicão e à chouriça de sangue. Estes produtos são o resultado do saber-fazer das populações de Melgaço, que conhecem as técnicas de fabrico tradicionalmente utilizadas e que foram transmitidas de geração em geração.