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Revista TecnoAlimentar

Exportações de vinho caem a nível mundial

  • 15 outubro 2018, segunda-feira
  • mercados

França, Itália e Espanha reduziram as suas exportações de vinho em volume, durante o primeiro semestre, contrastando com os aumentos em Portugal e na Alemanha, indicam os dados do Observatório Espanhol do Mercado do Vinho OEMV).

vinho

No caso de França, a redução dos volumes é explicada, em grande parte, pela descida das vendas à China (-25,5%), parcialmente compensada pelos mercados norte-americano e italiano.

Após o grande aumento verificado em 2017, França exportou menos 1,9% no primeiro semestre deste ano, baixando ligeiramente dos 700 milhões de litros, mas faturou 5,3% mais, ultrapassando os 4.410 milhões de euros.

Os Estados Unidos da América ganharam quota como primeiro mercado dos vinhos franceses em valor, num semestre onde o Canadá e Itália também registaram um elevado nível de acolhimento.

Exceto o granel, todos os vinhos franceses geraram mais receitas. Os espumantes foram os únicos a baixarem ligeiramente de preço. Em compensação, o bag-in-box aumentou significativamente as vendas e a preços muito mais altos.

Em Itália, as exportações caíram quase 10% em volume, para os 929 milhões de litros, mas cresceram 4,1% em valor, atingindo os 2.900 milhões de euros.

De facto, Itália faturou mais 114 milhões de euros, vendendo menos 100 milhões de litros de vinho, no primeiro semestre. O preço aumentou 15%, para 3,12 euros por litro, com subidas em todas as categorias. Os granéis em volume (menos 95 milhões de litros) e os espumantes em valor (mais 78 milhões de euros) marcaram a evolução dos vinhos italianos.

O vinho engarrafado manteve-se estável e como o vinho italiano mais exportado. A Alemanha continua a ser o principal mercado para Itália, embora tenha caído em volume, e os Estados Unidos destacam-se em valor.

Em Portugal, as exportações aumentaram para todos os vinhos, embora em menor medida para o vinho engarrafado, que, mesmo assim, representa 73,5% dos volumes e 90% do valor.

Apesar da subida generalizada dos preços, o granel puxou o preço médio para baixo, ao liderar em grande medida as exportações nacionais de vinho no primeiro semestre.

França ganhou quota como o principal mercado de destino dos vinhos portugueses, seguida dos Estados Unidos em valor e da Alemanha em litros. As vendas para Espanha dispararam, sobretudo nos granéis.

O país vizinho está por seu turno a exportar menos quantidade de vinho, embora também a um preço mais elevado. Espanha exportou menos 12,7% em volume, mas aumentou 5,9% em valor, com o preço médio a subir 21,3%, para os 1,43 euros por litro. Menos 169,8 milhões de litros, mas mais 93,4 milhões de euros.

A Alemanha refreou o ritmo de crescimento das exportações de vinho engarrafado, mas aumentou nos restantes. As receitas do vinho engarrafado cresceram apenas 1,5%, após uma evolução significativa em 2017, com aumentos de 15% para os espumantes, bag-in-box e granel. Todos os vinhos alemães subiram de preço, sobretudo o granel. A Holanda é o principal mercado do vinho alemão.

Fonte: Grande Consumo