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Revista TecnoAlimentar

Escola Agrária de Viseu ajuda produtores de queijo a contestar legislação europeia

queijo-da-serraA Escola Agrária de Viseu quer ajudar os produtores da Serra da Estrela a impedir a União Europeia de proibir a utilização do cardo, uma enzima natural usada no fabrico do queijo. Investigadores e pastores reuniram-se no passado sábado para reafirmar a importância do cardo e têm dois anos para mostrar a sua utilidade depois de uma primeira proibição.

A ideia é que «a ciência vença a burocracia e que os queijeiros possam continuar a usar esta flor roxa, essencial para coalhar o leite», refere um dos investigadores da Escola. O pedido foi feito depois das imposições comunitárias que visavam «banir a utilização do cardo na feitura do queijo serra da Estela e os pastores vieram à Escola Superior Agrária pedir socorro», adianta Paulo Barracosa.

É nos 60 hectares da Quinta da Lagoa, na fronteira da região demarcada do queijo da Serra que trabalham os investigadores da Agrária. Aqui cuidam-se das flores roxas, que «já se plantam em vários campos. Cardos que agora vão ajudar à feitura do queijo». Numa primeira fase serão distribuídas cinco mil plantas que são tão só «inovação da natureza», remata o especialista.

Seguem-se dois anos para demonstrar, cientificamente, a mais-valia do cardo. Aferidos os pressupostos científicos pastores e queijeiros reclamarão, em seguida, a continuidade do cardo na coagulação do leite das ovelhas da serra da Estrela.

Afinal é a escolha do tipo de flor de cardo a usar que determina o sabor do autêntico queijo serra da Estrela.

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