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Revista TecnoAlimentar

Diverembal: «em 2019 queremos estar próximo do cliente»

Carlos Ferreira, Diretor Geral da Diverembal, aborda nesta entrevista a temática onde se posiciona a empresa, que lidera desde 2004 em Portugal. A marca, que atua na área alimentar (aditivos, ingredientes e embalagens) a nível nacional, está focada, em 2019, em estar mais próxima do cliente. «Queremos consolidar o nosso crescimento mas também crescer noutras áreas», revela o responsável.

TECNOALIMENTAR: A Diverembal celebra em 2019 15 anos. Fale-me um pouco de como nasceu a empresa e que percurso fez até hoje.

CARLOS FERREIRA: A Diverembal nasceu em 2004. Na altura representava uma empresa que atuava na área das tripas e sacos retráteis para a indústria alimentar, com mais incidência na indústria das carnes e dos queijos. Depois, ao longo destes anos foi aumentando o portfólio e, em 2009, deu-se uma transformação porque estávamos numas instalações em Lisboa e viemos para onde estamos hoje (Parque Doroana, Adroana, Alcabideche). Nessa altura, trabalhava com outra empresa de aditivos e ingredientes, uma multinacional norte-americana, que decidiu fechar as instalações em Portugal e propos-nos uma parceria como distribuidores deles a nível nacional.

TA: E aceitaram o desafio.

CF: Sim, aceitamos esse desafio e aumentamos o portefólio. Algumas representadas saíram, outras entraram, mas digamos que neste momento abrangemos toda a indústria alimentar a nível de aditivos e nutrientes, e também a nível de embalagem e processamento.

TA: Quantas empresas neste momento representam em Portugal?

CF: Neste momento representamos 5 empresas com mais expressão e outras para produtos de menor volume.

TA: Como analisa a evolução neste setor ao nível de processos, redução de custos, inovação e novas tecnologias?

CF: Este setor ligado ao primário, tem um aspeto importantíssimo: a alimentação. Algo que é primordial para todos nós. A verdade é que o consumidor tem mudado os hábitos alimentares ao longo destes últimos anos. E nós temos, juntamente com as nossas representadas, tentado adaptar-nos a essa evolução, isto na parte dos aditivos e ingredientes. As tendências hoje em dia são diferentes das que existiam, por exemplo, há 15 anos, quando começamos a atividade. Há uma tendência mais saudável. As pessoas tendem a comer produtos com menos gordura, menos sal e menos açúcar. Há a introdução de alguns produtos sem alergénios e sem glúten.

TA: Isso de algum modo trouxe também mais exigências às empresas.

CF: Sem dúvida. Mas como representamos empresas que estão nos primeiros lugares a nível mundial são igualmente pioneiras nestes setores. Nesse sentido, temos também acompanhado essa evolução e mudança nos hábitos alimentares. Paralelamente, temos também os vegetarianos e vegans e outras opções, nomeadamente o consumo de processados de pescado, coisa que até à data também não existia muito esse hábito. Temos, pois, vindo a evoluir nesse sentido e apresentar ao mercado soluções nesta área. Paralelamente também nesta área, e agora com a questão do plástico, que considerado o inimigo público n.º1, também juntamente com uma das principais representadas, tentamos encontrar soluções nesse sentido. Não existem milagres e, ao dia de hoje, ainda não existe uma solução completamente substituta do plástico. Até mesmo a médio, longo prazo, vai ser difícil, mas a verdade é que se está à procura de soluções que minimizem o impacto da utilização do plástico nas embalagens. Cada vez mais os produtos são embalados e, muitas vezes, as pessoas compram pela embalagem e não pelo produto em si.

Soluções com menos plástico

TA: Há esta luta contra o plástico, é um facto. Mas, na sua opinião, no ato da compra o consumidor ainda é mais atraído pela embalagem?

CF: Sinceramente acho que isto é de modas. Mas, por outro lado, não podemos ser radicais. Temos de ser também ponderados e ver realmente onde é que existe essa possibilidade. E temos também outro problema. É que neste momento substituir o plástico por outro material representa triplicar (ou mais) o custo da embalagem. Será que o mercado está disposto a pagar isso? Será que a grande distribuição está disposta a assumir esse custo e depois refletir o mesmo no consumidor? Sinceramente eu acho que não. As pessoas neste momento olham muito para o preço e para a promoção e estão mais atentas ao custo. Para já, e resumindo, o que estamos a fazer é apresentar soluções com menos plástico.

TA: Quantos trabalhadores tem a empresa?

CF: 12 pessoas.

TA: Fale-me um pouco do mercado nacional para a Diverembal?

CF: Estamos dentro dos principais fornecedores de aditivos, ingredientes e embalagens para a indústria alimentar a nível nacional. Só trabalhamos o mercado nacional. Pontualmente, fazemos algumas exportações para alguns países, nomeadamente ex-colónias portuguesas, mas não é o nosso foco. Preferimos ter um crescimento de acordo com a nossa penetração no mercado, e no nosso mercado natural, que é o português. Desde 2004 que temos vindo a crescer no mercado nacional. O ano de 2018 foi um ano atípico, já que houve um crescimento bastante acentuado.

TA: E para 2019, quais são os objetivos?

CF: Para 2019, esperamos consolidar esse crescimento, inclusivamente crescer noutras áreas onde não estamos inseridos.

TA: E que áreas são essas?

CF: O nosso principal setor é carnes, queijo e pescado. Neste momento estamos presentes nos outros mercados e queremos potenciar esses mercados, como a panificação, pastelaria, sobremesas. São mercados onde já estamos presentes mas queremos potenciar.

TA: De que modo?

CF: Existe mercado, a nível de representadas, para ir à procura de produtos para esses mercados, e abrir estes espaços. São mercados onde já estamos presentes mas que não estamos como gostaríamos de estar.

TA: E porquê essa estratégia apenas nacional?

CF: Os mercados externos não são o nosso foco, sendo que temos representadas e em alguns mercados já estamos representados.

TA: E a nível nacional, de que forma a estratégia está implementada?

CF: A nossa política passa pela indústria que está centralizada nos grandes centros. Depois temos outros focos dispersos que tentamos acompanhar, seja através da nossa empresa ou de agentes locais.

TA: Costumam também estar presentes em feiras?

CF: Temos estado presentes na Alimentaria, em Portugal, e em feiras internacionais também, sendo que nestas últimas fazemos inclusivamente convites aos nossos clientes, para nos visitarem. A tendência é as empresas irem a feiras internacionais. Este ano de 2019 não vamos estar na Alimentaria, por questões estratégicas, mas optámos por outro tipo de comunicação, nomeadamente publicidade. Além disso, vamos apostar na proximidade com o cliente e em visitas ao cliente, bem como em demonstrações de produtos e levar clientes até às nossas representadas para apresentar os produtos. A nível nacional,temos um mercado pequeno para termos tantas feiras. Acho que nos devíamos concentrar numa feira única, competitiva, e termos o setor todo unido em torno desse certame. As empresas têm de se unir para serem fortes e para poderem concorrer num mercado competitivo.

Desde 2004 a marcar a indústria alimentar nacional

A Diverembal assume-se como uma empresa familiar, fundada em Portugal, em 2004, por Carlos Ferreira e uma equipa com alargada experiência na indústria alimentar. Tem como objetivo congregar numa empresa só uma vasta gama de produtos e soluções para servir todo o tipo de empresas do setor. Começou a representar exclusivamente a empresa Bemis (uma das líderes mundiais em Sacos e Filmes) e a Viskase (líder mundial em Tripas Artificiais). De seguida juntou uma das maiores produtoras mundiais de Facas Premium, a Zwilling e mais tarde a NippiCasing (Tripas de Colagénio). Em 2009 muda de instalações com o triplo de capacidade, obtém a certificação pelo grupo SGS (ISO 9001:2008) e passa a representar a líder mundial em aditivos, Cargill.

No ano seguinte, passa a representar exclusivamente também a CTH (Tripas Naturais) e a Eurobag (Sacos PA/PE). Já em 2012 houve uma aposta na oferta de equipamento especializado com a representação exclusiva a GEA, Zermat, Grobba, Hartmann e Yamato.

Posteriormente aposta em duas novas representadas no campo das Tripas de Colagénio e nos Aditivos e aromas, sendo estas a Viscofan e a Mane. Sendo um dos principais parceiros a nível nacional, no setor de comércio de embalagens e aditivos para a indústria alimentar, é igualmente certificada pelo Grupo SGS (ISSO 9001:2015).

Oferece soluções específicas na área dos Aditivos e Ingredientes, nomeadamente em múltiplas aplicações em alimentos e bebidas; dispõe igualmente de soluções na área dos Filmes com uma vasta gama de produtos; além disso oferece igualmente uma gama de sacos (cozedura direta, sacos PA/PE e sacos retrateis); na área das Tripas dispõe também de uma gama completa para responder às necessidades do mercado, como por exemplo (Tripas Celulósicas, de Colagénio, Fibrosas, Plásticas,  Folhas de Colagénio e InterLeaver).

As representadas da Diverembal são: a Bemis, a Brenntag, a Kerry, a Mane e a Viscofan.

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