FacebookLinkedin

Revista TecnoAlimentar

Comissão Europeia publica estudo sobre oferta e inovação nos Produtos Alimentares

investigac3a7c3a3o-laboratc3b3rio1A Comissão Europeia deu a conhecer os resultados de um amplo estudo sobre a evolução da oferta e da inovação nos produtos alimentares na Europa durante a última década. Os resultados mostram que a entrada de novos concorrentes aumenta sempre oferta e a inovação.

Em muitos Estados Membros, os mercados retalhistas não estão excessivamente concentrados, e o poder de negociação dos retalhistas não parece ter um impacto negativo sobre a escolha e a inovação.

Por últimos, enquanto que a oferta para os cidadãos europeus aumentou constantemente desde 2004, o número de inovações que chegam ao consumidor todos os anos diminuiu desde 2008, devido em grande parte à crise económica.

Os principais resultados do estudo, levado a cabo sobre a cadeia de fornecimento de alimentos na Europa são:

– A nível local, a escolha do consumidor aumentou continuamente durante a última década, em termos de número de lojas, produtos, fabricantes de marcas e tamanhos de embalagens de produtos. Contudo, o número de inovações que chegam ao consumidor a cada ano diminuiu, desde 2008, em 6,5%. Em 2004 a inovação consistiu essencialmente em produtos novos e extensões de produtos já existentes (ex: novo sabor), enquanto que em 2012, aproximadamente um terço de todas as inovações apenas se referia ao embalamento do produto.

– A concentração dos fabricantes a nível nacional aumentou na maioria das categorias de de produtos investigados.

A concentração do mercado retalhista em geral (distribuição moderna e lojas tradicionais) aumentou em quase todos os Estados Membros, essencialmente devido à maior penetração dos retalhistas modernos (cadeias de supermercados, hipermercados e lojas de desconto, com um sistema de distribuição centralizado, que implica uma logistica moderna).

– Os principais impulsionadores da oferta e da inovação são o tamanho e o tipo de comércio, assim como o ambiente económico da região (PIB per capita e o desemprego no local). Para além disso, quanto maior for o volume de negócios numa categoria de produto, mais opções (e inovação, ainda que em menor medida) existe nessa mesma categoria. A abertura de um novo espaço comercial gera uma maior competição entre as lojas para oferecerem maior possibilidade de escolha e inovação nas suas prateleiras. Este resultado vem sustentar os esforços da Comissão para que cessem as restrições à criação de espaços comerciais, que são vistas como desnecessárias para a Comissão.

– Nos mercados retalhistas moderadamente concentrados, o forte poder de negociação destes sobre os fornecedores não parece conduzir a uma menor oferta e inovação nos produtos alimentares.

A Comissão Europeia está à espera de ouvir as opiniões e observações de todos os interessados neste estudo. Devem enviá-las para comp-e-tf-food@ec.europa.eu , preferencialmente antes de 30 de janeiro.

Ler aqui.