75% das empresas de alimentos e bebidas acreditam que fatores ambientais estão a impactar o setor
Os riscos de Ambiente, Responsabilidade Social e de Governação (ESG, na sigla original) têm um impacto cada vez maior no setor alimentar e de bebidas, à medida que este enfrenta os desafios combinados de controlar o impacto ambiental dos processos de produção e a perturbação da cadeia de abastecimento.
Num novo inquérito global, a WTW (NASDAQ: WTW), empresa líder mundial em consultoria, corretagem e soluções, descreve as pressões que o setor alimentar e de bebidas enfrenta como resultado da turbulência dos últimos dois anos, desde o impacto da pandemia até à rutura da cadeia de abastecimento causada pela volatilidade global, particularmente no que diz respeito ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que é suscetível de ter um impacto significativo no abastecimento alimentar global.
O inquérito também indica:
· A marca e a reputação, que está fortemente ligada à sustentabilidade, são um grande risco (46%), mas 55% dos inquiridos não tinham qualquer cobertura de reputação.
· 73% afirmaram que a sua empresa não tinha um seguro específico para riscos ambientais e 67% não tinham cobertura de riscos ligados à cibersegurança. 42% não tinham cobertura para a recolha de produtos. Todos estes foram classificados como fatores de risco.
· Os fatores externos fora do controlo da empresa, incluindo fatores geopolíticos (60%) e económicos (60%) foram considerados como os maiores desafios para mitigar o risco a médio prazo.
· Apesar dos desafios dos últimos dois anos, 70% dos inquiridos estão otimistas de que o setor será mais rentável nos próximos dois anos, com os alimentos orgânicos (48%) a liderar a lista de oportunidades de crescimento.
José Barqueiro, Diretor – Risk & Broking da WTW Portugal, afirmou: “Este estudo permite-nos perceber como as diferentes temáticas têm aumentado o seu nível de criticidade junto das organizações. Nesta pesquisa, apresentamos os principais obstáculos identificados pelas empresas no alcance dos seus objetivos estratégicos, sendo que alguns destes obstáculos são, agora, maiores em função da atual situação geopolítica na Ucrânia e Rússia.”
“Verificamos, também, que a consciencialização do impacto dos fatores ESG continua a ser crescente neste setor, traduzindo-se na preocupação dos consumidores com o investimento/desenvolvimento sustentável, com as mudanças climáticas e com a necessidade de saber como é que os alimentos são produzidos, designadamente o processo produtivo, o embalamento e o transporte”, destacou o responsável.
O inquérito envolveu a participação de 250 quadros superiores de organizações de produção, processamento e fabrico de alimentos em todo o mundo, transversais às diferentes categorias, incluindo confeitaria, snacks, padaria, cereais, laticínios, cervejaria, destilaria e refrigerantes.
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